Panoramica do Castelo de Ourém, obtida desde Zambujal. Terra da beata Santa Teresa de Ourém, inicios do século XIII. Era panadera e fue canonizada pelo único Papa português, João XXI, mais conhecido por Pedro Hispano.
Sempre senti uma
atracção especial por este CASTELO que na distância apresenta esse aspecto de
grande fortaleza medieval. Por fim pude vê-lo de perto, guiado por um bom
amigo, ademais nativo, que me foi dando todo tipo de informação, e que vos passo
a divulgar...
Está considerado um dos castelos mais
belos de Portugal.
Este Castelo é um belo exemplo de castro medieval. Trata-se de um
monumento grandioso, rodeado por muralhas, no cimo de uma colina, a apenas 2 km
do centro da cidade. O acesso faz-se pelas Portas da Vila: as portas originais
da cidade.
Também é conhecido como Paço dos Condes de Ourém. A planta é de formato triangular
irregular, com torres nos vértices.
Desconhece-se
a origem da primitiva ocupação humana, mas pode que se remonte à pré-historia.
Posteriormente, Romanos, Visigodos e Árabes deixaram vestígios da sua presença.
Sendo os Árabes os que mais tempo permaneceram, e os que desenvolveram a
fortificação.
Bonito
o episódio amoroso de Gonçalo (Traga Mouros), valente guerreiro. Que acabou
raptando a Fátima, uma bela princesa moura, que teve que converter-se ao
cristianismo para poder casar-se com ele.
O Castelo foi
conquistado, definitivamente, aos mouros em 1136 pelas tropas de Dom Afonso
Henriques. Em 1178 foi doado à sua filha, a Infanta Dona Teresa (Matilde). Quem o mandou reconstruir,
agregando-lhe uma terceira torre.
Num
testamento de 1183 pode ler-se que o local se denominava anteriormente Abdegas
"Aprouve-me fazer testamento do eclesiástico de Auren, que antes se
chamava Abdegas".
A
torre Noroeste é conhecida como Torre de D. Mécia, por ali ter sido
confinada a infortunada esposa de D. Sancho II.
O
rei Dom Dinis doou a Vila e o Castelo à sua esposa, a Rainha Santa Isabel: era
o ano de 1282.
Sob
o reinado de Dom Pedro I, o termo de Vila foi elevado ao de Condado, sendo o 1°
conde de Ourém o nobre João António Telo de Menezes, valido do rei. Ao seu
falecimento sucedeu-lhe outro valido, João Fernandes Andeiro, fidalgo galego,
ao serviço de D. Fernando.
Com
a morte de D. Fernando, o conde Andeiro parte para Lisboa para assistir aos
funerais, e foi abatido pelo Mestre de Avis, dando inicio à Revolução
Patriótica. Os cavaleiros da Ordem de Cristo dão entrada em Ourém no início do Verão
de 1384 apoiando a causa do Mestre de Avis.
Nesse mesmo ano D. João I concede o título de Conde de
Ourém ao Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira, que passou a ser o
terceiro Conde de Ourém. pelo contributo prestado à causa do Mestre nos
Atoleiros e em Aljubarrota,
No
lado Norte do castelo abre-se o Terreiro de Santiago, com uma estátua do
Condestável Dom Nuno Alvarez Pereira ao centro.
No século XV chega a fase de grande esplendor de Ourém na pessoa de
Dom Afonso, que foi o quarto conde de Ourém. Homem culto e bem relacionado que
deu prestigio à Vila. Quem promoveu grandes reformas no conjunto do Castelo
medieval. As muralhas são rasgadas para
edificação do Paço, o Paço
do Condes, que foi utilizado como residência oficial do conde D. Afonso.
Tanto no Paço como nos dois torreões destaca-se a notória influência
arquitectónica veneziana. Fruto duma das suas viagens por aquelas terras.
Foi confirmado por D. Duarte em 1433.
Era neto de D. João I, e primo de D.
Afonso V.
Também se lhe atribui a construção da
Igreja da Colegiada.
O terramoto de 1 de Novembro de 1755 destruiu quase por
completo.
Entrou, então, num
processo de degradação, agravado pelas invasões francesas que acabou por
deixá-lo quase em ruínas.
Com as lutas
liberais, pois nela se impunham as tropas do Marechal Duque de Saldanha, o
estado do Castelo entrou em manifesta fase decadente.
Em 1841 a reina D,
Maria II elevou a aldeia à categoria de Vila.
No inicio do século
XX, passou a ser contemplado no primeiro documento nacional de classificação de
estruturas antigas como "monumentos nacionais", datado de 1910,
confirmando a sua importância histórica. Até que, na década dos anos trinta, do
século passado, foi objecto de obras de certa consideração chegado até hoje com
o aspecto que aqui vos deixo.
A Vila
Nova de Ourém foi elevada a cidade de Ourém em 16 de Agosto de 1991.
Sempre
me senti feliz em terras de TERRAS DE OURÉM.
Amigos,
o meu muito obrigado pela vossa amizade e hospitalidade.
As
azeitonas ainda estavam verdes e o
verão chegava ao seu fim…
Agradeço
a ajuda prestada pelos meus amigos Zé e Sérgio, pela boa amizade, por ser tão
autênticos, e pelos livros que tão gentilmente me ofereceram, com os quais pude
complementar a informação, tão valiosa, então obtida.
UM BOM 2012 - FELIZ AÑO NUEVO